No blog do Ronco, um post de ontem lança uma questão: "Dourado, onde está, para onde quer ir..." Claro, no sentido literal, continua onde está.
No sentido figurado, é uma ótima pergunta. Não só para Dourado, mas para várias cidades da região. A resposta não depende só dos candidatos, dos políticos, dos vereadores... Não existe um "salvador da pátria"!
Depende também da política estadual e federal relativa ao desenvolvimento de cidades pequenas (relembre este ponto em cidades pequenas e desenvolvimento). E, acima de tudo, depende do envolvimento dos cidadãos com os problemas da cidade. Só criticar e colocar a culpa em um determinado prefeito ou governador não adianta.
Para "onde vai" Dourado? Foto: caminho da extinta estrada de ferro. L.Mascaro, 2011. |
Adianta mostrar com clareza às autoridades "o que se quer", "para onde se quer ir". Muitas questões passam pelo planejamento urbano. Por exemplo, se a intenção é atrair empresas, onde o planejamento urbano prevê que elas serão instaladas? Como os trabalhadores vão se locomover até seu lugar de trabalho?
Se a intenção é desenvolver o turismo, onde estarão os hotéis, os restaurantes? Existe um patrimônio (histórico, arquitetônico, natural, imaterial etc) atrativo? Esse patrimônio está bem tratado? Como se chega da rodoviária até o ponto turístico mais importante (existe transporte público, por ex.)? Aliás, como se chega até a rodoviária?
Sim, se deve pensar que muitas pessoas virão visitar a cidade por outros meios, não só de carro. Além disso, todas as classes sociais devem ter acesso ao turismo. (turismo é como bicicleta: não tem classe social!)
Atualmente, o planejamento urbano não se faz sem o debate com a população. Mas, se a população está ausente do debate, se abre uma enorme brecha para equívocos e políticos mal-intencionados. E assim por diante, não importa qual seja o assunto...
Hoje a internet facilita a circulação de informações. Isso pode acelerar a "ida" de cidades como Dourado para uma situação melhor. Blogs como o dourado cidade online desempenham um papel muito importante no que tange a educação patrimonial. Manter a memória viva é fundamental para construir o futuro! Parabéns ao Fernando!
Afinal, uma cidade pequena não está condenada a ser uma "cidade de aposentados", como se diz... Seu destino depende de todos.
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