Amanhã, 08 de novembro de 2011, será votado o novo Código Florestal.
Bem antes, portanto, dos "mais dois anos de debate" julgados necessários pela Entidades Científicas brasileiras (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC)) em 25 de Maio de 2011.
Se o prazo pedido pelos especialistas no assunto fosse respeitado, o novo Código só seria votado a partir de Maio de 2013. Essa precipitação coloca em risco um dos maiores patrimônios naturais brasileiros e seus recursos.
Foto do livro"Código Florestal e a Ciência: contribuição para o diálogo". Fonte: http://meioambiente-ifcemaracanau.blogspot.com /2011/05/codigo-florestal-e-ciencia-contribuicao.html |
Não se trata se ser a favor ou contra o novo Código. Se trata da maneira como uma questão tão importante é tratada. Na nota emitida pelas Entidades Científicas em Maio de 2011, lemos o seguinte:
"Nunca houve convite oficial por parte do Parlamento Nacional para que a ABC e SBPC, entidades representantes da comunidade científica brasileira, participassem das discussões sobre o substitutivo do código florestal". Ou seja, os especialistas nunca foram consultados.
"Duas cartas foram produzidas e enviadas a todos congressistas e presidenciáveis alertando da necessidade de mais tempo para estudos aprofundados sobre os vários aspectos tratados no código florestal e seu substitutivo".
"o código florestal de 1965 (Lei 4771), apesar de construído com o aporte científico da época, necessita de aprimoramentos à luz da ciência e tecnologia disponíveis na atualidade."
"Desta forma, a SBPC e a ABC consideram precipitada a decisão tomada na Câmara dos Deputados, pois não levou em consideração aspectos científicos e tecnológicos na construção de um instrumento legal para o país"
"Esclarecem também que esta decisão não tem nenhum vínculo com movimentos ambientalistas ou ruralistas, pois o mais importante é a sustentabilidade do País."
As Entidades Científicas lançaram até um livro sobre a questão: "Código Florestal e a Ciência: contribuição para o diálogo", que está disponível para download.
Por que não ouvir os especialistas? Por que não esclarecer melhor a sociedade?
Nenhum comentário:
Postar um comentário