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10 de nov. de 2011

Cidades pequenas têm mais mortes no trânsito!

Fácil entender um dos motivos pelos quais as cidades pequenas também têm problemas de trânsito: a frota de automóveis particamente duplicou de 2002 para cá! Só automóveis, excluindo outros tipos de veículos como motos etc.

Vejam os dados do SEADE:


Número de habitantes para cada automóvel (hab./auto):

2002
2010
Bocaina
5,31
3,53
Trabiju
12,13
5,89
Dourado
6,11
3,66
Ribeirão Bonito
6,91
4,54



Bonde elétrico: exmplo de transporte público eficiente.
Muito utilizado em outros países. Foto: L. Mascaro
Esse não é o único motivo. Falta de planejamento urbano e falta de incentivo em outros modos de locomoção também colaboram para os problemas de trânsito, que atualmente atingem as cidades médias e pequenas. 

Outro tipo de locomoção seria, por exemplo, investimentos e políticas voltadas para o desenvolvimento de transporte público eficiente. Outro exemplo: incentivo da utilização de transportes não-motorizados, ou seja, a pé e bicicleta.

Uma reportagem de 2008, publicada no Observatório Regional de Saúde do ABC, explica que as "cidades pequenas passam a ter mais mortes no trânsito do que as maiores".

Outra, publicada no Portal do Trânsito, afirma que "o recordista no crescimento da frota na região foi Trabiju, menor cidade da região com 1.500 habitantes, onde o total de veículos cresceu 18,5%", em 2009.

O aumento da frota não é acompanhado de investimentos no planejamento das cidades e na sua estrutura viária. Planejamento é fundamental! Parece que sim, mas mudar as mãos de direção, colocar lombadas, proibir estacionamentos em determinadas ruas não resolve

Bonde elétrico: no Brasil foi aposentado. 
É peça de museu, utilizado apenas como
atração turística. Foto: L. Mascaro.
O problema é mais profundo e tem vários motivos. É preciso que as administrações públicas estejam abertas ao planejamento urbano, ao estudo aprofundado dos problemas e ao diálogo com a população. 

A administração pública também pode fazer apelo às universidades. Vários pesquisadores são especilistas no assunto e têm programas de prestação de serviços às comunidades. Por exemplo, a profa. dra. Renata Cardoso Magagnin, da UNESP de Bauru, e o prof. dr. Antônio Nélson Rodrigues da Silva, da USP de São Carlos (caso haja interesse, posso ajudar a entrar em contato com eles).

A região do interior paulista é privilegiada nesse aspecto, pois as universidades estão perto. Por que não aproveitar essa facilidade?

Afinal, por que as cidades pequenas e médias têm que ter os mesmos problemas das grandes, sem ter os mesmos benefícios? 

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