A reforma para a Copa de 2014 do Estádio do Maracanã envolve várias questões. Uma delas é a da intervenção num patrimônio de valor nacional, representante da arquitetura modernista e construído em 1950.
Outra, é a da construção durável ou ecologicamente correta. Para atender certas necessidades do projeto, o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) autorizou a demolição do teto do estádio.
Em seu lugar, vai ser construído um teto maior. Porém - como nos informa o reporter André Trigueiro -, esse teto não vai ser aproveitado para a instalação de uma nova tecnologia: a produção de energia elétrica a partir de painéis fotovoltáicos.
Bem, todos sabemos que Copas e Olimpíadas são ocasiões para desenvolver infra-estruturas e aplicar tecnologias de ponta nas construções (além de desenvolver outros setores como o turismo). Se essas ocasiões são desperdiçadas, significa jogar oportunidades pela janela.
Infelizmente, é o que está acontecendo. Em vários países, painéis fotovoltáicos foram utilizados em edifícios construídos ou reformados para eventos parecidos, há mais de uma década.
No Brasil - país em que há sol o ano todo - ainda não se investe nessa tecnologia. Não é por falta de dinheiro: a reforma do Maracanã tem um custo altíssimo. Seria falta de planejamento? Tradição em deixar tudo para o último minuto?...
A aplicação dos painéis fotovoltáicos em grandes obras, como na reforma do Maracanã, seria um passo a mais. Mais próximos estaríamos da aplicação em obras pequenas, como em residências, por exemplo. Coisa que já existe em países muito mais frios e menos ensolarados que o Brasil.
Afinal, esse é o interesse! Que todos possam beneficiar de uma tecnologia inteligente e econômica.
Em tempo: o Maracanã vai contar com uma certificação verde, mas terá baixa pontuação no que toca a economia de energia. Então, para que serve a certificação, se esse é um dos pontos mais importantes?
Para entender melhor os painéis fotovoltáicos:
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