Políticas públicas devem prover passagens confortáveis e seguras, garantir respeito a faixas dos pedestres e semáforo, defendem especialistas
Fonte: http://www.akatu.org.br/
“Pode parecer banal falar de calçadas, de faixas de pedestres na discussão sobre soluções para mobilidade urbana, mas é inviável pensar até mesmo em um sistema de transporte público que não considere condições mínimas para o deslocamento a pé.”
Esse diagnóstico é do secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (SRHU/MMA), Nabil Bonduki, urbanista e professor de planejamento urbano da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.
“O espaço público não é seguro para pedestres. O risco de machucar o tornozelo no buraco da calçada ou até mesmo de ser atropelado ao atravessar a rua, desestimulam as pessoas a andar a pé. E para andar de transporte público, precisamos, antes, andar a pé”, reforça.
Mesmo assim, desde a chegada da indústria automobilística ao Brasil, o pedestre vem perdendo a disputa da ocupação e circulação urbanas, se expondo, inclusive, ao risco de morte: dados do levantamento mais recente do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) indicam que, em 2008, 5.429 pedestres perderam a vida em acidentes de trânsito no Brasil.
Só na cidade de São Paulo, quatro pessoas morem diariamente em acidentes de trânsito, em média, e metade são pedestres atropelados atravessando a rua ou até mesmo na calçada, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
“Aqui em Belo Horizonte (MG) as calçadas são bem ruins... Depois que comecei a andar com minha irmã na cadeira de rodas, eu percebi que a coisa é bem mais precária do que eu imaginava. Há muitos locais (movimentados) em que temos de passar com a cadeira de rodas pela rua, porque as calçadas são totalmente inacessíveis”, diz Adriana Sanches Carvalho, no facebook do Akatu. (clique aqui para ler o texto completo)
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