A EMEF Senador Carlos José Botelho foi construída na Primeira República, período que vai desde a Proclamação da República (novembro de 1889) até a Revolução de 1930.
Em linhas gerais, a arquitetura do prédio da EMEF Senador Carlos José Botelho:
- se identifica com o ecletismo, corrente arquitetônica dominante no Brasil durante a Primeira República.
- pode ter tido influência da arquitetura italiana, já que muitos profissionais da construção daquela época eram italianos ou descendentes de italianos;
- atendeu certas exigências impostas pela política higienista (assim como o prédio do Matadouro Municipal).
O prédio da EMEF Senador Carlos José Botelho foi tombado pelo CONDEPHAAT porque:
- Possui valor cultural, histórico e arquitetônico, tanto em nível municipal como estadual;
- Faz parte do conjunto de edificações escolares públicas construídas pelo Governo do Estado de São Paulo entre 1890 e 1930;
- É testemunho da política pública educacional implantada naquele momento, que reconheceu como inerente ao papel do Estado prover as comunidades de ensino básico, dito primário, e de formar professores bem preparados para tal função;
- Possui qualidade arquitetônica caracterizada pela técnica construtiva simples, mas adequada;
- Possui uma linguagem que simplificou estilisticamente os atributos clássicos acadêmicos do século XIX (ecletismo);
- Possui uma organização espacial que, concebida primordialmente através de projetos arquitetônicos padronizados, limitou-se a distribuir salas de aulas ao longo de eixos de circulação em plantas simétricas que incorporaram os preceitos de higiene, insolação e ventilação preconizados pela ciência da construção civil daquele momento (política higienista);
- Sua relação com a configuração urbana do município.
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