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27 de jan. de 2012

1907 - Notícia sobre a construção do Matadouro

Jornal "O Democrata" de 4 de maio de 1907.
Imagem gentilemente cedida por Antônio Demeti.
Entre os documentos cuidadosamente guardados pelo cidadão douradense Antônio Demeti, o Déo, encontramos um jornal de 1907.

Esse jornal se chamava "O Democrata" e era publicado uma vez por semana em Dourado-SP. No exemplar número 30, de 04 de maio de 1907, encontramos uma nota sobre a construção do prédio do Matadouro Municipal.

Relembrando, o Matadouro de Dourado é um belo exemplar do patrimônio arquitetônico agroindustrial alimentar da cidade e do Estado. Hoje, seu estado de conservação se degrada. Mas é um prédio que precisa ser preservado.

A nota informa que a Câmara Municipal "aceitou a proposta de Domingos Fagnani Caetano Dabruzo e Francisco Gutilla para a construção do novo matadouro"

Assim, com base no jornal, hoje podemos saber que as iniciativas para a construção do Matadouro datam de 1907. Sabemos também que, naquela época, já se valorizava o projeto, pois a nota também informa que obra "vai ser construída de acordo com as plantas".

Para ler a nota completa clique na imagem para ampliá-la: 

Nota do Jornal "O Democrata" em detalhe.

9 comentários:

  1. Prezada blogueira , não distante da maravilha arquitetônica de que trata o prédio do seculo passado, este infelizmente foi construído em uma área que "hoje" não pode ser ocupada.
    Supondo ainda que o fosse, o poder publico municipal teria que realizar um projeto de coleta e " tratamento" dos dejetos ali produzidos para que não viessem a contaminar o rio ao lado da mesma.
    Entendo a preocupação com a preservação do patrimônio ,mas nada ha de se fazer por conta da questão ambiental.Alias é uma ótima oportunidade para se transformar algo desta forma em utilidade publica preservando o patrimônio local. Resta saber como a população enxergaria isso e o que seria feito ali.

    At
    Paulo Cavasin

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    1. Caro sr Paulo Cavasin, já ouvi que hoje nada se pode fazer pelo prédio do matadouro por causa das novas leis ambientais. Porém, não compreendo um detalhe: a área do prédio foi ocupada antes do aparecimento das leis. Não é possível desocupá-la. Além do mais existe a questão da preservação desse patrimônio: penso que não se pode sacrificar um patrimônio já constituído para que o leito do rio volte a ser intocado.

      Se o sr puder esclarecer esse ponto, seria uma ótima colaboração. Seria uma boa informação para que a população forme uma opinião acerca do assunto. Obrigada pelo comentário! Ele estimula as conversas em torno de questões importantes, como as questões de patrimônio e de meio ambiente.

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  2. Cara blogueira
    De acordo com os documentos disponíveis a construção do prédio se fez por volta do inicio do seculo passado, quando não havia a preocupação a respeito do meio ambiente, havia uma invasão urbana sem planejamento , entre tantas coisas.Nossos administradores, novos ou velhos, nunca pensaram o futuro , e se o fizeram, realizaram de forma e de acordo com suas ideias visionarias , como é feito ate hoje infelizmente. O fato do prédio estar ao lado do rio , sem duvida, é por que os dejetos ali gerados seriam "jogados" confortavelmente no seu leito retirando assim a responsabilidade de qualquer pessoa pensar nisso.

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  3. Pois bem,depois de 60 anos da construção do aludido prédio aparecem as primeiras leis ambientais que começam a dar um contorno diferente em tudo aquilo que nos já estávamos acostumados a fazer.Alias não sei se dourado já dispõe de tratamento de esgoto,caso não, caímos no mesmo problema do prédio respeitada as proporções.

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  4. O fato é que a lei nunca retroage a menos que beneficie o réu, e no caso o é o meio ambiente o que vale.Felizmente ou infelizmente.O aparecimento da lei , claro gerou vários conflitos inclusive para casos como este.

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  5. Minha sugestão é que caso vocês realmente estejam interessados em transformar o referido prédio em alguma outra coisa que não gere poluentes, procurem o ministério publico e façam uma proposta de uso sustentável. Acredito ser a forma mais razoável de liberação porque hão de haver inúmeras restrições no projeto de uso por conta de transito, lixo,usos adequados,monitoramento da areá, responsabilidade publica, civil e criminal,acolhimento do lixo gerado, entre outras coisas.
    At
    Paulo Cavasin

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  6. Cara Lu, acabei de encontrar aqui o meu primo Paulo Cavasin!

    Em São Carlos, muitos prédios históricos foram simplesmente demolidos, mas o Matadouro Municipal teve um destino nobre, de abatedouro à salas de aulas da Escola de Engenharia de São Carlos. Creio que se houver vontade política, o Matadouro de Dourado poderá ser um museu, um centro cultural, um arquívo histórico,etc. É uma questão do Município compor com as autoridades ambientais e cumprir as as contrapartidas ou as TACs. Aquele prédio é fantástico, lembra uma estação ferroviária e não pode continuar como está. É só dar uma ajeitadinha no acesso, o prédio já está pronto...
    Abraços, Alfeo.

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    1. Sr José, que mundo pequeno! o sr. é primo do sr Paulo, então? Quanto ao prédio do matadouro, é preciso vontade política e vontade popular tb. Senão, não anda. Também é uma boa dica pensar nas contrapartidas quando uma proposta de utilização for elaborada. Obrigada.

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  7. Prezado sr Paulo, obrigada pelos esclarecimentos. Então, o caminho para resolver o problema do conflito patrimônio-leis ambientais é o Ministério Público (claro, tendo uma justificativa e uma proposta de atividade que não seja poluente).
    Penso que uma outra coisa que pode ser feita em paralelo é o tombamento do prédio. Um prédio tombado pode ter mais "peso" junto ao MP.

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